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Apresento aqui minhas listas com os 10 filmes, dos mais diversos gêneros, que mais me arrebataram nessa minha vida de cinéfila, assim como cenas clássicas de filmes, grandes interpretações de grandes ídolos, making ofs, entrevistas, canções e trilhas sonoras inesquecíveis ... enfim, tudo o que o cinema nos oferece de magia e entretenimento. Obras que considero imprescindíveis para todos que um dia se encantaram com o escurinho do cinema.
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Espero que curtam minhas dicas e nunca deixem de ir ao cinema.
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Grandes Filmes: Morte em Veneza








"Ele era mais bonito que as palavras podiam exprimir, e Aschenbach sentiu dolorosamente, como tantas vezes antes, que a linguagem pode apenas louvar, mas não reproduzir, a beleza que toca os sentidos."                                                                                                                                               
                                                                                                                Thomas Mann 




Baseado no romance de Thomas Mann, "Morte em Veneza" foi magistralmente levado às telas em 1971, pelo diretor italiano Luchino Visconti. Um dos mais belos e eloquentes filmes sobre os dilemas éticos e estéticos da busca pela perfeição, a idealização da beleza, o etéreo e o intangível, as paixões platônicas e os meandros da criação artística.

Dirk Bogarde está excepcional como o compositor Gustave von Aschenbach que, em meio a uma crise artística e pessoal, vai para Veneza para descansar e lá é tomado por uma súbita e arrebatadora paixão pela beleza e inocência do jovem Tadzio, interpretado pelo estreante Bjorn Andresen, numa admiração obsessiva que o consome. Como declara o crítico e teórico Anatol Rosenfeld..."Aschenbach vê no jovem o reflexo temporal da beleza eterna, o ideal sempre perseguido e de tal modo irresistível na sua encarnação que se acha moralmente desarmado diante da imagem perfeita".

Logo, mais do que uma atração homossexual, para Aschenbach a imagem do jovem seria a captura da beleza que a arte se encarrega por eternizar, uma vez que busca na arte a forma física e a perfeição que gostaria de ter.

Visconti optou por trocar a profissão do personagem principal, que no livro é escritor e faz uma homenagem ao músico austríaco Gustav Mahler, cujo "Adagietto", de sua Quinta Sinfonia pontua todo o filme. A música interage como um personagem importante, em uma melancólica e pungente sintonia com a história. Belíssima. Mahler teria realmente inspirado Mann, que era um grande admirador de sua obra, a compor o personagem Aschenbach.

Enfim, "Morte em Veneza" é uma obra-prima do Visconti, um grande momento do cinema, que merece ser visto e revisto, assim como a leitura do romance do Mann.
Mais um filme de minha alma.
:D









Morte em Veneza
(Morte a Venezia / Itália, França / 1971)
dirigido por Luchino Visconti
com Dirk Bogarde, Silvana Mangano, Marisa Berenson, Romolo Valli, Mark Burns, Carole André, Leslie French, Franco Fabrizi, Dominique Darel, Antonio Appicella, Sergio Garfagnoli e Bjorn Andresen




Luchino Visconti



Trailer



Cena



Cena



Cena



Cena



Cena



Cena final




"Symphony No. 5 in C Sharp Minor: IV. Adagietto (Sehr langsam)" / Gustav Mahler





Making Of - Bjorn Andresen



3 comentários:

  1. Gostei da matéria e da seleção de vídeos.

    Uma obra prima incontestável.

    Abraço.

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    Respostas
    1. Que legal Rodrigo!
      Esse é um filme que me acompanha pela vida toda, assim como o livro.
      Uma obra de arte eterna do Visconti.

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